Em um mês - de apenas 28 dias, terei 24 anos.
Enquanto o meu corpo imprime o tempo,
minha alma segue imortal, imperecível, infinita.
Ontem vi a chuva e o arco-íris pela janela,
tomei cachaça e beijei a boca do meu Amor.
(fevereiro 2017)
sábado, 11 de abril de 2020
sábado, 28 de fevereiro de 2015
forever 21 no more
hoje é o meu último dia com 21 anos
................foi um Carnaval................
.......e todo Carnaval tem seu fim.......
obrigada, vida, que passou, e persiste
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
EU ODIEI O MEU NOVO CORTE DE CABELO
Ricardo, eu nunca vou esquecer esse nome.
Toda vez que me apresentarem a um Ricardo na vida, Ricardo, vou me lembrar de você.
Eu gosto de você, Ricardo.
Desejo que sua mãe melhore, do fundo do meu coração, porque Deus é aquele que faz milagres.
Se ela partir, desejo que vá em paz, muita paz. Torço por ela, e por você, Ricardo.
Desejo que continue brincalhão e bem-humorado.
Sei que gosta do que faz, apesar de já ter querido ser astronauta e Gari. O meu irmão Arthur já quis ser cabeleireiro como você, eu te disse isso.
Ricardo, eu odiei o corte de cabelo que você me deu. Odiei o corte 15. Odiei, Ricardo. Não era isso o que eu queria.
Ana Luiza me deu um corte de cabelo lindo, e você me deu um corte de cabelo péssimo.
Ninguém nunca na minha vida me deu um corte de cabelo péssimo, Ricardo, nem aquela cabeleireira que deixou o meu cabelo torto por meses. Aquele mau corte pelo menos me divertia, eu ria dele mais do que me preocupava.
Ricardo, que perigo um corte de cabelo ruim a uma menina desmoronando como eu, Ricardo. Não ensinam isso nos cursos? Nem no do Werner? Eles são bons, Ricardo!
Ontem fui dormir chorando, pela insensibilidade do meu pai, e pelo meu corte de cabelo.
Toda vez que me olho no espelho eu me lembro de você. É isso o que os cabeleireiros desejam?
O problema é que eu não digo "Obrigada", sorrindo. Eu sempre digo, quase chorando: "Ricardo, eu odiei o meu corte de cabelo", que é o que eu não tive coragem de te dizer pessoalmente.
Bem, aqui está.
Mas obrigada mesmo assim, ok? As experiências nessa vida são importantes. Sem elas, nem vida há.
Toda vez que me apresentarem a um Ricardo na vida, Ricardo, vou me lembrar de você.
Eu gosto de você, Ricardo.
Desejo que sua mãe melhore, do fundo do meu coração, porque Deus é aquele que faz milagres.
Se ela partir, desejo que vá em paz, muita paz. Torço por ela, e por você, Ricardo.
Desejo que continue brincalhão e bem-humorado.
Sei que gosta do que faz, apesar de já ter querido ser astronauta e Gari. O meu irmão Arthur já quis ser cabeleireiro como você, eu te disse isso.
Ricardo, eu odiei o corte de cabelo que você me deu. Odiei o corte 15. Odiei, Ricardo. Não era isso o que eu queria.
Ana Luiza me deu um corte de cabelo lindo, e você me deu um corte de cabelo péssimo.
Ninguém nunca na minha vida me deu um corte de cabelo péssimo, Ricardo, nem aquela cabeleireira que deixou o meu cabelo torto por meses. Aquele mau corte pelo menos me divertia, eu ria dele mais do que me preocupava.
Ricardo, que perigo um corte de cabelo ruim a uma menina desmoronando como eu, Ricardo. Não ensinam isso nos cursos? Nem no do Werner? Eles são bons, Ricardo!
Ontem fui dormir chorando, pela insensibilidade do meu pai, e pelo meu corte de cabelo.
Toda vez que me olho no espelho eu me lembro de você. É isso o que os cabeleireiros desejam?
O problema é que eu não digo "Obrigada", sorrindo. Eu sempre digo, quase chorando: "Ricardo, eu odiei o meu corte de cabelo", que é o que eu não tive coragem de te dizer pessoalmente.
Bem, aqui está.
Mas obrigada mesmo assim, ok? As experiências nessa vida são importantes. Sem elas, nem vida há.
terça-feira, 11 de março de 2014
thank you
todos os dias quero ser grata.
hoje,
por ter visto aquele redemoinhozinho de vento levantando
as folhas amarelas do chão.
por ter ouvido o "eu mais que gosto de você" de você.
por ter ajudado o meu irmão, e ter sentido orgulho do resultado.
e pelas comidas adoráveis que mastiguei: a laranja, a ameixa, as nozes.
obrigada por não terem me dado dor de barriga.
domingo, 16 de fevereiro de 2014
Cachoeira
Começou a chover.
Ouço os passarinhos. O latir dos cachorros.
Todos os meus sentidos alertas, como se em caça.
O cheiro já conhecido da vela antiga que fora reaberta.
Uma criança arranca os galhos do Flamboyant.
Uma serra que corta a madeira ao fundo.
Me sinto viva.
Vomitada pela rotina para finalmente parar e perceber o entorno.
"Essa luz fraca e acinzentada é melhor do que o sol."
Estou à espera - e a espera não é o vazio; é algo; é contemplação.
E não estou sozinha. A mulher de vestido vermelho (dois tons abaixo do meu esmalte) contempla também da sua casa roxa encravada na colina à minha frente com suas árvores crescentes lhe atribuindo altura e com suas casas coloridas lhe atribuindo volume.
A chuva apertou.
A mulher se foi.
Só Deus sabe se amanhã continuo a viver ou se serei mumificada pelas coisas a se fazer, pelos lugares a trafegar, pelas conversas banais a serem tidas
- o quadradinho, domesticado, que me engole (e às vezes vomita).
domingo, 12 de janeiro de 2014
Nesses dias tristes,
não sei quem sou,
me falta verdade.
Nesses dias tristes,
não amo ninguém
-
nem você,
nem a mim.
não sei quem sou,
me falta verdade.
Nesses dias tristes,
não amo ninguém
-
nem você,
nem a mim.
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
Miados, grunhidos
Na sexta-feira passada, nós, meu irmão mais novo e eu, ganhamos um casal de gatos. Rainha Amidala e Darth Vader. Hoje, enquanto eu lia deitada na cama, ouvia o miado agudo e persistente da fêmea. Meu coração se apertou na caixa torácica. Sabia bem o que aquele grunhido significava. Ela veio até o meu quarto, subiu na cama, me rodeou e miou mais algumas vezes. Segurei aquela cabecinha minúscula manchada de preto, amarelo e branco, a beijei e disse em sussurro: "Eu também, Rainha. Eu também".
Agora eu olho a gata (até literalmente, porque ela está cochilando em cima do receptor quentinho da Sky na minha mesa de trabalho) e vejo a Naiara menina de oito anos atrás. Eu não mio. Eu não tenho mechas brancas, amarelas e pretas na cabeça. Mas eu me vejo nela. Circundando a casa, meio que à procura, só para constatar de novo que quem queríamos ver não está ali.
A dor nos aproximou. A minha preferência fora traçada.
Amidala sobe na minha cama. Cheira a minha comida. Dorme nas minhas coisas.
E eu permito tudo, mesmo sabendo que essa liberdade pode não ser muito boa. Tenho uma queda pelos sofredores, pelos oprimidos, pelos mal-aventurados. "Aqui no meu quarto você pode tudo, Rainha", penso.
Que aqui seja um lugarzinho para ela estancar a dor. Que eu seja para ela a irmã que eu nunca tive. Estamos juntas nessa. Conte comigo.
É uma pena ela não entender o que digo... se entendesse, só por pelo menos dois segundinhos, diria sorrindo: "Te adoro!", porque é verdade.
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